sexta-feira, 30 de novembro de 2007

VIVA FREI HENRI



Frei Henri Burin des Roziers, ou simplesmente Frei Henri, 78 anos, é advogado com doutorado em Direito pela Universidade de Paris, membro de uma família de posses econômicas. Portanto, poderia estar lecionando doutrinas e teses sobre Direito em qualquer universidade do mundo, ou advogando em influente escritório da Europa. Mas, Frei Henri vez uma maravilhosa opção de vida: lutar pela causa dos direitos humanos. E há muitos anos mora no município de Xinguara, no Sul do Pará, lutando, principalmente, contra grileiros depredadores da terra e do meio ambiente.
A luta de Frei Henri, no entanto, incomoda muita gente poderosa, que querem acabar com sua vida.
Recentemente três pistoleiros foram contratados para matá-lo por R$ 50 mil. Mais uma vez. Há tempo que a CPT insiste “com os responsáveis pela segurança pública do Pará, para que a Policia investigue seriamente a origem das ameaças, realizando um trabalho preventivo para evitar as mortes. Todavia isto não tem sido prioridade para o Estado, pois é mais cômodo oferecer segurança policial para os casos de maior repercussão”.
Não podemos assistir inerte mais essa ameaça, esperar que Frei Henri morra para chorarmos sobre seu corpo, tratando-o como mais um herói. Precisamos de Frei Henri vivo e lutando por um mundo mais justo.
Vamos exigir dos governos, federal e estadual, segurança de vida para Frei Henri. Podemos encaminhar emails e cartas para autoridades exigindo providências. Tudo, menos esperar, parados, que o matem covardemente!!

domingo, 25 de novembro de 2007

Agência Unama

Livro aborda história sobre Jhonny Yguison

"Ei menino, quer um presente de Natal? Se o senhor quiser dá tio...”. O presente foi um tiro, dado no dia 20 de novembro de 2002 pelo ex-policial militar Darlan Carlos Silva Barros a Jhonny Yguison Miranda da Silva, no dia 20 de novembro de 2002, quando ele tinha 12 anos de idade. Atualmente com 18 anos, ele é paraplégico, não tem um dos rins e nem o baço. Esta semana, ao completar seis anos do crime, o livro que narra toda a história do rapaz “O Flanelinha - sinal vermelho para Jhonny Yguison” foi apresentado à imprensa pelo seu autor, o advogado Walmir Moura Brelaz. O livro será vendido nas livrarias de Belém, pelo preço de R$ 20,00 e o dinheiro será doado a Jhonny Yguison.
A publicação é vista pelo autor como um instrumento de denúncias de vários problemas sociais do Brasil. O advogado dedicou um capítulo especial para o problema da exploração da mão-de-obra infantil, que, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e de Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará possui cerca de 200 mil crianças e adolescentes trabalhando nas ruas. “A idéia do livro é lançá-lo nas escolas, universidades e todos os espaços onde seja possível fazer a denúncia dos crimes que afetam os direitos da criança e do adolescente e dos direitos humanos”, diz o advogado.
O autor deu um espaço também para o papel da imprensa, que por conta dos veículos de comunicação houve uma pressão ao papel do poder público. Garantiu também várias páginas ao que rege o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para deixar o leitor mais informado sobre a garantia dos direitos da criança e do adolescente, como direito à vida, à educação, à saúde, ao lazer e à boa convivência familiar.
E as dificuldades permaneceramPassados seis anos, o rapaz sofre com as conseqüências de estar na rua trabalhando como flanelinha em uma das esquinas de Belém, apesar de ter conseguido na Justiça do Estado atendimento médico e uma pensão de R$ 900,00.
Segundo Jhonny Yguison, a pensão é paga regularmente, mas o atendimento médico não. Ele diz que foi garantido pela justiça enfermeiro para fazer curativos nos ferimentos que até hoje existem, mas o serviço é precário. “Desde 2002 passaram sete técnicos de enfermagem e três enfermeiros. O atual, levou seis meses para aparecer e há três meses que não vem. Eles alegam falta de pagamento do Governo do Estado”, denuncia o rapaz.
Os pais da vítima ficam revoltados, porque eles exigem que a decisão judicial seja cumprida. “Eles falam como se a gente exigisse, mas o que a gente quer é que a decisão da Justiça seja cumprida”, comenta o pai de Yguison, Francisco Assis da Silva.
Ele diz lamentar o que aconteceu com o filho e saber que o acusam pelo fato do menino estar trabalhando na rua. “Eu estava desempregado, ele ia contra a minha vontade. Vai dizer isso para alguém que não tem o dar de comer aos filhos. A culpa é dos governantes, que não dão condições aos pais para fazer com que seus filhos permaneçam na escola”, desabafa.
A revolta maior da família é que enquanto Jhonny Yguison está na cadeira de rodas, Darlan Carlos está livre e residindo na Cidade Nova. Há informações, segundo seu Francisco, que ele é micro empresário, mantendo uma empresa de segurança. Para aumentar mais ainda a indignação da família, o juiz responsável pelo caso, Ronaldo Vale, que inicialmente caracterizou o crime como tentativa de homicídio, este ano passou a caracterizá-lo como crime de lesão grave, sujeito à penalidade mais leve que tentativa de homicídio


Reportagem: Edna Nunes
AGÊNCIA UNAMA


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Críticas(?)

O articulista - e capitão da Polícia Militar - do jornal "Amazônia", Ivanildo Alves, em sua coluna "Polícia e Justiça" do dia 23.11, escreveu as seguintes notas:

Livro

O advogado Walmir Brelaz, militante do PT, só escreve livro que aponta erros, falhas e lacunas praticados pela Polícia Militar. Foi assim no caso Eldorado de Carajás. A mais recente obra de Brelaz denuncia a truculência de um policial militar que disparou contra um flanelinha, provocando paraplegia na criança. Essas críticas devem ser aproveitadas pelo comando da PM para primar mais ainda pelo preparo da tropa.

Sugestão

Cabe aqui uma sugestão ao advogado-escritor, com quem temos ótimo relacionamento, desde a época do parlamento: escrever um livro que relate a violência contra policiais civis e militares cometida por bandidos adultos e juvenis.

Investigador

O investigador Ailton Machado há mais de 20 anos sobrevive em uma cadeira de rodas, vitimado pelo ataque
violento de um marginal durante uma operação policial. Como ele há muitos na PC e na PM.

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Nossa resposta:

Caro Ivanildo Alves,
Em relação as notas que escreveste nesta prestigiada coluna, as recebi como críticas construtivas. Gostaria apenas de ressaltar que respeito, e muito, os policiais deste estado, e com eles me solidarizo. Mas, a sugestão que me deste para escrever sobre "a violência contra policiais civis e militares cometida por bandidos adultos e juvenis", sinceramente te considero mais capacitado e legitimado para escrevê-lo.
Um abraço,Walmir Brelaz

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Repercussão


Advogado conta em livro lançado hoje a tragédia de Jhonny Yguison

Impunidade: Walmir Brelaz escreveu a história de flanelinha ferido a bala por policial

O advogado Walmir Brelaz lança, hoje pela manhã, o livro 'O Flanelinha: Sinal vermelho para Jhonny Yguison', que narra a história do ex-flanelinha, que ficou paraplégico depois que foi ferido a bala pelo policial militar Darlan Carlos Silva Barros. Em 20 de novembro de 2001, aos 12 anos, Jhonny trabalhava limpando pára-brisas na esquina das avenidas Pedro Álvares Cabral com a Tavares Bastos, quando foi baleado pelo policial sem nenhum motivo. Passados seis anos do crime, que teve grande repercussão em Belém, a tentativa de morte continua impune.
A bala que atingiu Jhonny causou um enorme estrago no adolescente. Entrou por um de seus braços, atravessando seu corpo, atingindo um rim, o baço e o fígado, tornando-o definitivamente paraplégico. O crime foi amplamente noticiado pela imprensa local e nacional, merecendo a intervenção da Anistia Internacional.
Em 2002, o Poder Judiciário determinou ao Estado arcar com todo o tratamento médico necessário a Jhonny. Além disso, o governo concedeu uma pensão especial no valor atual de R$ 900 à família do garoto.
Além de paraplégico, hoje com 18 anos, o jovem continua dependendo do uso de sondas para urinar e defecar, de uma alimentação especial. Ele também sofre de problemas de pele, causados pelo uso dos medicamentos para controle de infecções.
Walmir Brelaz diz que a pensão está sendo regularmente paga, mas o rapaz não recebe tratamento médico do Estado. 'Atualmente eu sinto dor no lado direito do corpo; parece que está rasgando. Tenho uma sonda para urinar e outra para defecar e o que eu sei é que a Justiça obrigou o Estado a me dar toda assistência médica, mas isso não acontece. A maioria das consultas sou eu quem marco, eu preciso ficar ligando pra eles. Há dois meses a enfermeira não vem aqui em casa. O médico só veio uma vez aqui porque nós pressionamos. E ainda tem médico que nem sabe o que eu tenho', conta Jhonny num dos trechos de 'O Flanelinha:...'.
Brelaz diz que após seis anos do crime, Jhonny Yguison vive praticamente ignorado por um Estado que insiste em negar-lhe o tratamento médico, mesmo estando judicialmente obrigado a fazê-lo.
O gasto mensal com remédios é bem maior que o valor da pensão que o jovem recebe. Mas, pior mesmo, é a situação de impunidade que o garoto tem de enfrentar. No início deste ano, o juiz Ronaldo Vale desclassificou a pronúncia de Darlan Barros, mudando a denúncia de tentativa de homicídio para lesões corporais, argumentando que a intenção do militar não era matar.
DEPOIMENTOS
No livro, que será lançado hoje por Walmir Brelaz, a história de Jhonny é contada com depoimentos dele, de sua família e de informações tiradas dos autos do processo contra Darlan Barros. 'É a história de uma criança trabalhadora de rua, que conta sua infância, suas aventuras, a tragédia e o sofrimento, a luta por justiça, seus planos e sonhos interrompidos por um agente do Estado, treinado e pago para dar segurança à população, mas que investiu contra uma criança desprotegida, que era vítima da falta de políticas públicas adequadas para a infância e hoje continua vítima da falta de sensibilidade da justiça e do próprio Estado', discursa Brelaz.
O lançamento do livro será na casa de Jhonny Yguison, localizada no bairro do 40 Horas, em Ananinduea. A intenção do autor é mostrar como o jovem sobrevive hoje, seis anos depois do crime cometido pelo polícial militar, que continua em liberdade e ainda não foi julgado.

O Liberal, 20.11.2007
Jornal Amazônia, 20.11.2007

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Livro sobre a vida de Jhonny Yguison terá renda revertida para a família dele

Quando o caso Jhonny Yguison Miranda da Silva - covardemente baleado pelo policial militar Darlan Carlos Silva Barros enquanto trabalhava como flanelinha em uma movimentada esquina da avenida Pedro Álvares Cabral, na capital paraense - veio à tona, em 2001, o alarde foi grande. Imprensa nacional e internacional, órgãos de defesa dos Direitos Humanos, de proteção à criança e contrários à violência fizeram manifestos e pressionaram o governo estadual para que oferecesse ao menino toda a assistência necessária. Hoje, seis anos depois do crime, no entanto, a vida de Jhonny mudou pouco. Melhor dizendo, só mudou para pior.
A família continua na mesma situação de pobreza que levou o menino, seis anos atrás, a começar a trabalhar como flanelinha nos semáforos de Belém. A pensão recebida do governo (de R$ 900) mal dá para custear os medicamentos de que o garoto precisa e, por conta da precária assistência médica do Estado, ele é obrigado a conviver diariamente com dores e desconfortos advindos dos problemas decorrentes do fatídico disparo. E para completar, em maio deste ano a Justiça paraense decidiu desclassificar o delito cometido por Darlan Barros de tentativa de homicídio para lesão corporal de natureza grave, o que faz com o que crime deixe de ser julgado em um Tribunal do Júri passando para o juízo singular.
Foi pensando em todas essas questões que o advogado Walmir Moura Brelaz, militante há muitos anos dos direitos humanos no Estado, decidiu escrever um livro que contasse a história de Jhonny Yguison. A obra, intitulada 'O Flanelinha - Sinal vermelho para Jhonny Yguison', foi lançada ontem de manhã em Belém, na casa do ex-flanelinha, na Estrada do 40 horas, em Ananindeua. Segundo Brelaz, não havia como fazer um lançamento festivo, já que o ideal era que 'um livro como aquele nem existisse'.
Segundo o autor, a obra, que pode ser encontrada nas principais livrarias da cidade, custa apenas R$ 20 e toda a renda será revertida para a família de Jhonny. Ele vive com o pai, a mãe e uma irmã. O pai está desempregado e a mãe precisou abandonar a barraca que tinha na feira do Ver-o-Peso para cuidar do garoto depois da tragédia. Hoje, a família sobrevive apenas com o dinheiro da pensão paga pelo Estado e os lucros advindos de uma vendinha que eles montaram na frente de casa. Yguison deseja uma audiência com a governadora Ana Júlia Carepa para pedir ajuda. 'Já enviamos um ofício, mas não obtivemos resposta. Gostaria muito de conversar com ela, para explicar tudo o que está acontecendo comigo e pedir ajuda', desabafou.

Jornal Amazônia, 21.11.207

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O livro


Vamos pensar o contrário: se fosse um filhinho de papai que tivesse pego um tiro, a coisa já tinha sido resolvida. Mas eu sou pobre, por isso que fico assim. É muita burocracia, lei lenta, não sei o que acontece, o Brasil não é justo. Como alguém leva um tiro e não acontece nada? Nem comigo que fico sofrendo; e nem com o criminoso, que está livre. É por isso que devemos denunciar. (J.Y.)

Sentimentos

Por mais que Jhonny fale, ou que dele se escreva, não haverá palavras para traduzir seus sentimentos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A TRAGÉDIA - 20 DE NOVEMBRO

Tantas vezes me mataram
Tanta vezes eu morri
Mas agora estou aqui
Ressuscitando
Agradeço ao meu destino
E a essa mão com um punhal
Porque me matou tão mal
E eu segui cantando

(Como La Cigarra - María Elena Walsh/versão: Renato Teixeira)

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A história


No dia 20 de novembro de 2001, Jhonny Yguison Miranda da Silva tinha 12 anos. E trabalhava nas ruas de Belém limpando pára-brisas de carros. Ocupava-se da atividade denominada de “flanelinha”, que consistia basicamente em permanecer nas proximidades de um semáforo, à espera de um sinal vermelho, para, com uma vasilha de água e sabão e uma escovinha, se oferecer a limpar pára-brisas de automóveis em troca de algum dinheiro. Nesse dia, aproximadamente às 13h, o sinal fechou. E com ele um homem insano que lhe causou a maior dor de sua vida, deixando-o agonizando no asfalto quente. Uma tragédia que marcou para sempre a sua vida, que interrompeu seus planos e muitos de seus sonhos. Às 13h do dia 20 de novembro de 2001 Jhonny morreu, para sobreviver nos dias seguintes. Quantas vezes durante uma vida nós morremos?

Livro

BLOG DO JESO:

Advogado lança livro-denúncia
Advogado, Walmir Brelaz lança no próximo dia 20 o livro O flanelinha: sinal vermelho para Jhonny Yguison.Foi neste dia, há seis anos, que Jhonny, então com 12 anos, foi baleado por um PM quando trabalhava numa rua em Belém limpando pára-brisa de carros.O tiro o deixou paraplégico. O caso chegou a ser alardeado pela Anistia Internacional.
Em 2002, o Estado concedeu pensão especial de R$ 900 ao jovem. Além de assistência média - que não vem sendo dada.
- Há dois meses, a enfermeira não vem aqui em casa. O médico só veio uma vez aqui porque nós pressionamos. Tem médico que nem sabe o que eu tenho - denuncia o jovem.No livro, Walmir Brelaz reconstitui a infância de Jhonny, suas aventuras, a tragédia e o sofrimento, a luta por justiça, seus planos e sonhos.
"Uma história narrada, também, com diálogos dos próprios personagens, acrescentada, ainda que de forma resumida, com temas relacionados ao trabalho infantil e aos direitos da criança e do adolescente", explica o advogado.A apresentação da obra à imprensa será na casa de Jhonny, em Ananindeua.

domingo, 11 de novembro de 2007

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Livro

O advogado Walmir Brelaz conclui o livro 'O Flanelinha: Sinal Vermelho para Jhony Iguyson'. É a história do garoto que há 12 anos recebeu um tiro de um soldados da PM e ficou parcialmente inválido.

O Liberal, 06.11.2007 - R70

domingo, 4 de novembro de 2007

Casos emblemáticos

ONU investiga execuções
Missão da Organização das Nações Unidas já está no País. No Pará, Direitos Humanos acompanha onze assassinatos.

Cléo Soares
Da Redação

A Organização das Nações Unidas (ONU) está 'alarmada' com o nível de violência e de impunidade no Brasil e desde ontem passaria a investigar os assassinatos cometidos pela Polícia no País. Nos últimos meses, a ONU vem enviando pedidos de explicação ao governo brasileiro sobre assassinatos e suspeitas de envolvimento de agentes de segurança pública, mas nem todas as solicitações são respondidas. A missão inicial vai apurar crimes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e o Distrito Federal. O Pará não foi incluído, apesar de atualmente a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH) ter sob seu acompanhamento 11 casos de crimes que envolvem policiais e outros profissionais da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). A média nacional também é preocupante. Segundo a revista Superinteressante deste mês (Editora Abril), para cada policial morto em ação, morrem outros 41 civis.
Entre os casos acompanhados pela SPDDH está a morte do taxista Luís Isaac Costa do Nascimento, assassinado em 1992 por quatro policiais militares; o de Jhonny Yguison Miranda da Silva, 17 anos, baleado em 2001 por um policial militar e o do promotor de eventos Carlos Gustavo Maia Russo, assassinado em 2005 em uma perseguição policial, entre outros casos.
Alguns dos casos de violência policial que chocaram a opinião pública paraense

No dia 20 de novembro de 2001 JHONNY YGUISON MIRANDA DA SILVA, na época com 12 anos, ficou paraplérgico depois de ser baleado pelo policial militar Darlan Carlos Silva Barros, quando trabalhava como flanelinha em uma esquina da avenida Pedro Álvares Cabral, para ajudar a família, que é extremamente pobre. Ele foi atingido pela arma de Darlan Barros quando se aproximou do carro do soldado, pedindo para limpar os vidros. Em 2003, a Assembléia Legislativa aprovou lei que determinou uma pensão para o garoto. Darlan foi expulso da PM, mas até hoje não foi a julgamento.
Fonte: Jornal O LIBERAL, 03.11.07